Oie turminha! ;3
Hoje farei uma postagem mega especial sobre a EJA - Educação de Jovens e Adultos. Vou contar um pouquinho da parte histórica da EJA e mostrar uma entrevista que fiz com meu noivo Heitor *u* que cursou EJA e também mostrar um vídeo que fiz para a faculdade, com essa entrevista gravada! ;3
Espero que gostem hein!
Educação
de Jovens e Adultos – EJA
A
EJA surge no Brasil como substituição ao antigo Ensino Supletivo e cumpre a
mesma função que ele: compreende o processo de alfabetização e cursos ou exames
supletivos nas etapas do ensino fundamental e médio. Para jovens e adultos,
esse programa educacional é importante para a sua participação na sociedade,
incluindo na qualificação e requalificação profissional.
Até
o século XX, as oportunidades de escolarização eram restritas a uma minoria da
população brasileira, devido à ideologia relacionada a trabalho no campo e
estudo, exclusão e desigualdade social. No período republicano, políticos e
intelectuais lutavam pela alfabetização como sendo a possibilidade de elevação
social/moral e intelectual do país e da massa popular. A partir de 1947 foram
implantadas as primeiras políticas publicas para a instrução de jovens e
adultos através da estruturação do Serviço de Educação de Adultos do Ministério
da Educação e também inicio da Campanha de Educação de adolescentes e adultos
(CEAA). Na década de 60, a alfabetização de jovens e adultos surge como uma
ferramenta para a ampliação das bases eleitorais e de sustentação política do
plano de reformas que o governo pretendia fazer no país. O golpe militar em 64
interrompeu o inicio das ações que estavam sendo tomadas para a alfabetização
de jovens e adultos e reprimiu os movimentos da educação popular. O governo
transformou a educação de jovens e adultos no ensino supletivo e deu a ele
professores desqualificados tornando-a uma educação de baixa qualidade. No
inicio do século XXI, a alfabetização de jovens e adultos retornaria à agenda
de prioridades das políticas nacionais, com o lançamento, no ano de 2003, do
Programa Brasil Alfabetizado.
Paulo
Freire mudou a concepção da educação, considerava em seu método as
características peculiares dos alunos e, portanto, foi muito importante para o
processo de constituição da educação de jovens e adultos.
A
LDB reconhece a EJA enquanto modalidade da educação básica, adequada às
“necessidades e condições especificas e peculiares desse grupo”. Ela estabelece
que as idades mínimas para conclusão do ensino fundamental e médio são de 15 e
18 anos. O parecer CNE nº36/2004 fixou a duração mínima dos cursos de jovens e
adultos em 24 meses para as series finais do ensino fundamental e 18 meses para
o ensino médio. O parecer 11/2000 e
LDBEN produzido pelo conselho nacional de Educação e da Câmara de Educação
Básica, a partir das diretrizes curriculares nacionais para a EJA, é um dos
dispositivos legais mais importantes no âmbito da Educação de jovens e adultos.
Entrevista
com ex-aluno de EJA
O Heitor Paes de
Campus é um ex-aluno de EJA, têm 22 anos de idade, concluiu seus estudos em
duas Instituições uma pública, onde terminou a oitava série do antigo ensino
fundamental, e uma particular onde pagou para terminar o Ensino Médio à
distância. Trabalha como massoterapeuta em uma pequena clinica de massagem
oriental, é formado em Técnico de Massoterapia e pretende cursar a faculdade de
Fisioterapia. Mora na Vila Guarani, zona Sul de São Paulo. Está confiante em
prosseguir os estudos, mas aguarda sua situação financeira melhorar para que
possa fazer algum curso superior.
Line-Chan - Por quais motivos você cursou a EJA?
Heitor: Fiz a EJA para terminar meus estudos
em menor tempo que o ensino normal (regular) e eu já havia reprovado algumas
vezes e estava atrasado nos estudos.
Line-Chan - Como eram os discentes (alunos) de
EJA?
Heitor: A grande maioria dos alunos eram bem
mais velhos do que eu, e os que se aproximavam da minha idade estavam lá em
regime semiaberto.
Line-Chan - O espaço foi propício ao estudo?
Heitor: Sim. O espaço era bem parecido com
uma escola convencional.
Line-Chan - A professora levava conteúdos
condizentes com a realidade vivida pelos alunos?
Heitor: Sim. Ela me parecia bem experiente
com aquele tipo de situação e deva uma matéria apropriada.
Line-Chan - O material didático era diversificado
ou tradicional?
Heitor: Acho que tradicional, pois ela dava
lição na lousa e no livro. Não sei dizer a diferença entre um material e outro.
Line-Chan - Após a EJA, as condições de oferta de
trabalho aumentaram?
Heitor: Com certeza! É praticamente
impossível arranjar um bom emprego sem ter terminado os estudos antes.
Line-Chan - Após a EJA, você realizou algum outro
curso? Qual?
Heitor: Sim, eu sou formado pelo curso
técnico em massoterapia.
Line-Chan - Referente a estudo, pretende cursar
alguma faculdade?
Heitor: Sim, eu pretendo fazer
Fisioterapia para complementar meus estudos.
Agora vamos assistir o vídeo que fiz sobre a temática de EJA com entrevista com o meu querido Heitor:
(No vídeo, bem na hora da entrevista... começou a ventar muito, desculpem pelos ruídos rsrs não sei editar áudio muito bem =P)
Análise
e Discussão
Ao realizar essa entrevista
podemos observar que essa pessoa sentiu as limitações de oferta de trabalho e a
necessidade do estudo. Mas podemos observar que apesar de muita luta, ele se
esforçou para estudar, mesmo apesar do cansaço. O professor tem um papel
importante nesta trajetória, pois o aluno deve ter o sentimento de
pertencimento, se isso não ocorre ele acaba desistindo. Dessa maneira é
preciso perceber a importância do estabelecimento da relação “professor-aluno”
para que a aprendizagem seja significativa.
Notamos que o entrevistado foi
objetivo em suas respostas e deixou claro que o ensino de EJA não é muito
divulgado, seja em mídias ou até mesmo em escolas próximas. Isso nos leva a
concluir que a educação de jovens e adultos ainda tem que melhorar na questão
de acesso e permanência. O professor deve cativar seus alunos a fim de
permanecerem no ensino de EJA, trazendo novos materiais para a sala de aula
incrementando suas aulas e instigando a curiosidade e criatividade. O
entrevistado não soube diferenciar um material didático diversificado, apenas
citou que o material didático tradicional era a lousa e o livro que eram frequentes
quando estudava.
Foi
muito gratificante conhecer e saber da história de vida do entrevistado e
dificuldades para chegar até onde ele está hoje. Portanto agradecemos a
oportunidade de tal experiência que nos proporcionou entender por que e para
quê estamos nos formando, queremos formar pessoas para autonomia e liberdade.
Referências
Bibliográficas
GADOTTI, Moacir; ROMÃO, José
E. Educação de jovens e adultos: teoria, prática e proposta. 10ª Ed. São Paulo:
Cortez, 2008, v.5.
SOUZA, Maria A. de. Educação
de Jovens e Adultos. 2ª Ed. Curitiba: IBPEX – Instituto Brasileiro de
Pós-Graduação e Extensão, 2010.
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Nyah! *---* Espero que tenham gostado ^^
Olha a fotinho mega kawaii:
Obrigada Heitor por tudo! Eu te amo!
Ownnt! ;3
Eu cursei EJA rsrsrs eu era um perdido mas tomei rumo u_u
ResponderExcluirDepois conte sua experiência ^^
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