Galerinha que acompanha o blog!!
Sim... voltei do terrível tempo de replanejamento do blog, parece bobagem, mas eu sempre gosto de planejar e colocar as coisas que gosto e que faço aqui nesse espaço!
E hoje, iniciarei uma série de postagens sobre pessoas... (pessoas?)
Isso mesmo, você não leu errado, toda semana vou fazer uma postagem de alguma pessoa que de uma forma ou várias me encantou e me cativa!! Assim, mostrarei diversas personalidades com as mais diversas potencialidades, como forma de homenagem e também motivação para vocês... meus queridos leitores!!!
E aqui se inicia o meu projeto:
"Personalidade Cotidiana!"
Hoje, iniciarei falando de uma menina que conheci há pouco tempo, mas me identifiquei logo de cara!!!!
Essa fofa se chama Letícia Novais, conheci ela no final do ano passado, logo que entrei na prefeitura, na época ela era estagiária em uma sala... e conversa vai... conversa vem... ela me disse que escrevia poesias! Ganhei de presente um livro que ela colaborou com poesias e me encantei com tanta sensibilidade e sentimento!!
Pedi que ela escrevesse um pouco de sua autobiografia para publicar aqui no blog! Olha o que ela enviou:
"Meu nome é Letícia Novais, tenho 23 anos, sou formada em pedagogia
e tenho o intuito de contribuir com o desenvolvimento dos pequenos já
existentes e também daqueles que estão por vir...
Sou completamente apaixonada pelo mundo da arte. No tempo
livre eu desenho, escrevo poesias, viajo constantemente (mesmo sem sair do lugar)
e tento me dedicar a música que sempre me inspira, preenche e me faz ser o que
sou.
Me vejo como um conjunto de indefinições e busco me
encontrar através da arte..."
Antes de ler o trabalho dela... super recomendo a visita no site do recanto das Letras, onde ela tem um acervo com seus textos.
Acessem: http://www.recantodasletras.com.br/autores/leticianovais
Então por meio dessa arte com palavras... que eu apresento alguns poemas que ela mesma fez!
Acessem: http://www.recantodasletras.com.br/autores/leticianovais
Então por meio dessa arte com palavras... que eu apresento alguns poemas que ela mesma fez!
Quadros vazios na estante
Por
qual razão recordar algo distante?
Tenho
nas costas o peso da bagagem,
Não
perco a lembrança de sua viagem...
Por que
deixo quadros vazios na estante?
Como
faço pra controlar tal rompante?
Diversas
vezes surge como miragem,
Sou
incapaz de esquecer sua imagem...
Precisava
partir naquele instante?
Sei que
me perdi em minha própria história,
Como
pensar numa possível vitória?
Não
posso mais escrever sobre saudade,
Preciso
me conformar com a verdade,
Que sem
querer me transforma em metade,
Leva
sem ver trechos de minha memória...
Eu estava aqui o tempo todo
Estranho
o passar das horas...
Um
segundo, uma noite...Menos um dia!
Estranho
minhas expectativas,
Sinto
falta delas...
Tamanha
ausência
Ainda
vai me dar um ponto final...
Vencida
pela indiferença
Apenas
me calo e sigo...
Alguém
já se sentiu assim?
Querendo
um pedacinho do mundo...
Um
único abraço...
Ilha
deserta em que me perdi...
O sol
parece não me enxergar.
Tentei
por diversos meios
Encontrar
formas de romper com o abismo...
Malditas
tentativas!
Poderiam
ter me contato antes:
O mundo
não é colorido!
Ter
sonhos é necessário,
O que
não se pode é
Depender
deles pra sorrir,
O
universo nunca colabora!!
Manhã acinzentada
Nem
todos os dias
É
possível abrir os olhos
E
mergulhar no tal
Do Era
uma vez...
Chega
um momento
Em que
a realidade alça voo
E
despenca sobre qualquer coração.
Ela se
instaura de forma violenta,
Pisa
nos sonhos mais singelos
Que com
tanto amor e esperança
Foram
construídos...
Arranca-nos
dos braços da espera,
Da
santa ilusão
De um
dia ser feliz.
Chega
de repente e transforma
Reticências
num ponto final,
Que
acaba por ser
Um
ponto de partida.
Partida,
despedida, saída...
São
tantas idas
Que ao
passar do tempo,
Os
rastros desaparecem do caminho...
Ah! Se
o “Era uma vez”
Fosse
só uma vez mesmo,
Sinto
que estaria protegida
Da
insanidade de sonhar
E
queimar no inferno da frustração.
Nossos
sonhos muitas vezes
Instigam,
castigam...
Tornam-nos
fracos,
Fortes
ou acinzentados...
Marionetes
presas num redemoinho,
Encarceradas
nas próprias aflições...
Somos
seres solitários,
Repletos
de tudo
E
cheios de nada.
Colecionadora de migalhas
Com um
olhar mais crítico
Observei
minha realidade...
Lá
estava ela,
Estagnada,
Culpando-se
ou culpando-me?
Instantâneas
conversas,
Os
versos se desencontram...
Nada a
declarar!
Abafei
o som da canção triste,
De nada
adiantou!
Ouço
algo que compõe certa tragédia existencial:
Restos
de palavras, lembranças, olhares...
Angustiantes
reflexões...Restos!
Desenhei
o mundo ideal...
Esboço
sem graça, talvez perdido!
Míseros
ideais,
Isolamento
constante,
Granada
interna!
Ainda
observando a realidade,
Levanto
inúmeras hipóteses:
Herança
do destino?
Algum
castigo de outras vidas?
Seria
apenas a realidade despertando?
Pegue uma cadeira, sente-se comigo...
Em seu abraço encontrei meu abrigo,
Tinha que ser você, meu melhor amigo.
Saiba que é a luz que ilumina meu ser,
E de modo muito simples me fez crescer...
Pegue uma cadeira, sente-se comigo,
Não faça de sua ausência meu castigo.
Poderíamos esquecer a vida e viver,
A missão não é fácil, mas precisamos crer...
Mostre-me a vida existente nas flores,
Acabe de uma vez com tanta tristeza.
Ajude-me a encontrar a felicidade,
Juro que procurei por toda cidade...
Vejo em seu olhar singular beleza,
Remédio capaz de curar minhas dores...
Fotografia
Com a fotografia imortalizo momentos,
Trago de volta antigos sentimentos,
Guardo no papel, vida dos que partiram.
Amplio olhares dos seres que mentiram...
“Flash” certeiro mostra profundos tormentos,
Coração e alma procuram ocultar lamentos.
Na edição, junto pedaços do que sentiram,
Revoltados, fotos no chão pessoas atiram.
Fotos na parede e na estante da sala,
Imagens que despertam dores no coração,
Papéis que registram partes do ausente.
Fotos que fazem passado ser presente,
Imagens que dão origem a profunda emoção,
Por isso são atiradas no fundo da mala...
Folhas de outono
Têm
dias que dá vontade
De
deixar de lado a tal da razão
E ir de
encontro
A tudo
aquilo que de certo modo
Me faz
bem.
Quero
ter um dia
Distanciado
de qualquer impossibilidade,
Negativismo
ou coisa do gênero.
Quero
romper com certas limitações,
Me
permitir errar,
E
apesar dos possíveis fracassos
Necessito
de uma dosagem alta
De
esperança e coragem para seguir em frente.
Hoje
recuperei a visão
Que
tinha sobre o outono,
Agora
espero ansiosamente
Por sua
chegada.
Quero
me perder
Entre o
cair das folhas,
Ver o
mundo se renovando ao meu redor,
Me
renovar interiormente,
Encontrar
sentido para tudo
Que
guardo em mim...
Quero
ir de encontro ao vento,
Que ele
esteja disposto a me largar
Num
paraíso que mesmo imperfeito,
Seja o
meu lugar.
Sinto
que é chegado o momento
De
habitar esse universo,
Colocar
os pés no chão
E por aqui
mesmo aprender sonhar.
Quero
um futuro simples,
Verdadeiro
e repleto de vida.
Quero
ser acompanhada
Pela
sequência de acordes
De um
instrumento qualquer.
Serve
violão, guitarra, bateria ou teclado...
Preciso
apenas encontrar
O som
do meu coração,
E assim
também me encontrar.
Repleto de realizações e encantos...
A tal da esperança
A tal da esperança
Mais
uma vez
A
voz duvidosa da esperança
Se
enraizou em meu ser. Infeliz!
Mal
se deu ao trabalho
De
perguntar se eu queria
Que
estivesse presente.
Quem
ela pensa que é
Para
chegar sem aviso
E
se instalar em meu coração?
Por
outro lado,
Quem
sou eu
Para
querer satisfações
De
um sentimento que apenas
Decidiu
caminhar comigo?
Mania
suicida que tenho
De
querer encontrar
A
razão de todas as coisas.
Seria
mais fácil
Viver
ao invés de questionar...
Fazer
graça com minha desgraça,
Dançar
na chuva ao invés de simplesmente
Me
inspirar com seus espetáculos...
Voltando
a falar sobre a espera...
Espera...
O que mesmo?
Ah
sim! Esperança...
Penso
que é uma coisa esquisita,
Que
se torna complexa pelo fato de ser simples.
Tem
o poder de me fazer enxergar o amanhã
E
ao mesmo tempo me cega...
Será
que posso confiar nela?
Talvez
sim! Talvez não!
Enquanto
fico nesse dilema
A
coisa estranha me invade,
Me
faz acreditar que num universo
Muito
distante existe um paraíso,
E
dentro dele mora outra criatura
Chamada
FELICIDADE!
É
como se fosse uma luz no fim do túnel,
Mas
o que devo fazer?
Caminhar
ou esperar?
Nesse
meio termo
Fui
de encontro a possível luz.
Dava
dois passos e parava para refletir,
De
repente ela apagou.
Fiquei
tão perdida entre positivo e negativo
Que
a lâmpada acabou queimando.
Perdeu-se
a luz no fim do túnel!
Mas
que buraco é esse?
Me
perdi em meu próprio inconsciente?
A
lâmpada realmente queimou,
Ou
de acordo com minha aproximação
A
luz ficou tão forte ao ponto
De
ter me cegado?
E
aí Dona Espera,
Desculpe!
Esperança.
Pode
esclarecer essas dúvidas,
Ou
vai dizer que passou aqui apenas
Para
me fazer pensar
E
aproveitar para se divertir um pouquinho
Com
minha loucura?
A
que ponto cheguei?
Estou
tentando conversar
Com
um sentimento...
Surpreendente
minha insanidade.
O
pior é que ainda creio
Que
essa enganação
Possa
me resgatar dos meus abismos...
Mas
desde quando tenho algum?
Quanta
dificuldade em falar sobre esperança,
Falar
com a esperança,
Mais
difícil ainda:
Acreditar
que isso aí possa existir...
Mais
fácil seria dialogar
Com
aquele bichinho verde
Que
raramente se acomoda
Em
uma das paredes de minha casa,
E
por coincidência é também
Chamada
de Esperança...
Mas
por outro lado,
Penso
que deveria ser mais paciente,
Pois
a esperança não é mais que a própria espera...
Estou
enganada?
Vendo o Noel com outros olhos
“Capitalismo: sistema socioeconômico
Em que os meios de produção
Se encontram em poder das propriedades privadas.”
Minha cidade decorada,
Árvores de natal,
Luzes por todos os cantos,
Grandes problemas esquecidos...
Brindemos!
O natal chegou...
Em algum período
Tal época era realmente mágica,
Trazia momentos de compaixão e união.
Diferente dos dias atuais
Com o chegar da meia noite
Trocavam-se abraços
Ao invés de presentes...
Talvez hoje não passe de um período mascarado,
Em que o frio surge de dentro pra fora...
Todos guardam suas infelicidades
No bolso e se submetem a fantasia,
Demonstram ser mais iluminados
Que as ruas brilhantes da capital...
Véspera de natal,
Empresas fechadas,
Todos em casa...
Mas como diz o ditado:
“Para toda regra
Existe uma exceção!”
Em algum lugar do Polo Norte,
Um espaço ficou vago,
Uma família está incompleta.
É a do Noel,
Pobre velhinho abriu mão da companhia
De seus entes queridos
Para dar mais sentido ao nosso dia...
Não me recordo quantas vezes,
Mas quando criança
Já enfrentei fila
Para falar com o Papai Noel...
Tirei uma foto com o grande herói,
Ganhei também algumas balinhas...
Saudosa época de minha infância,
Pena que cresci.
Não sei se é loucura,
Mas esses dias refletindo
Sobre os singelos pensamentos
Que carregava quando pequena,
Quis conhecer a verdadeira razão
Pela qual o salvador da Pátria
Se veste de vermelho...
Só eu mesma para associar
Essa cor ao amor
Que ele possivelmente sentia
Pelos pequenos anjos que enviavam
Cartinhas compostas por sonhos
E por pedacinhos de vida...
Para meu espanto,
A cor vermelha da roupa do Senhor Noel
Foi criada para publicidade
De uma marca famosa de refrigerantes,
Entre os séculos XIX e XX...
A doce visão que tinha
Foi de encontro ao chão.
Ele não passava de um capitalista,
Um símbolo comercial
Que provavelmente trabalhava
Por não ter conseguido se aposentar...
Hoje sua fala não me sai da cabeça:
“How...How...How... Feliz Natal!”
Risadinha sarcástica,
Que o vendedor de ilusões
Soltava no ar...
Provavelmente ria da inocência
Daqueles que o procuravam
Para realizar seus sonhos,
Que nem sempre eram materiais.
Dar presentes é diferente
De apenas fazer a entrega.
Papai Noel na verdade
É um carteiro que se veste
De forma atrativa em dezembro...
O Velhinho barbudo
Me deixou com a impressão
De que o natal é possível
Apenas para quem possui
Alguma condição financeira...
Provavelmente para o filho
De um milionário,
O presente venha no interior
De uma caixa enorme,
Com um laço perfeito fazendo a decoração,
Provavelmente um eletroeletrônico
De última geração...
Para o filho de um simples trabalhador,
O presente vem numa embalagem simples,
Provavelmente sem o laço para enfeitar,
É um brinquedinho qualquer,
Apenas para firmar
O “verdadeiro” significado natalino...
Para uma criança abandonada,
Um morador de rua,
Não existe pacote de presente,
Na verdade não sobra nada.
Nem sequer tempo para uma visita,
Um abraço, um aperto de mão...
Aqueles que dependem de um ato
Simples para sorrir,
São esquecidos,
Largados naquele ambiente de luz artificial...
Será que aos olhos do herói natalino
Essas pessoas não existem?
Sou vista como parte do mundo
Apenas se tiver a carteira de trabalho assinada?
O TER vale mais do que o SER?
E você Noel?
Após cumprir sua grande missão,
O saco que carrega nas costas
Volta com um peso
Maior ou menor que antes?
Tome cuidado!
Se começarem a desconfiar
De sua postura classificatória
E de outras mentirinhas,
O Senhor pode deixar de existir.
Sabe como é né?
Os valores culturais
Podem mudar com o passar dos tempos
E certa lenda pode um dia
Se tornar inexistente.
Parabéns Letícia! Continue escrevendo e colocando ideias no mundo <3 Obrigada por me inspirar!
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Letícia Novais, Josemara e eu (Line-Chan) |
Obrigada pela visita!!!
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